No Dia Internacional contra as Alterações Climáticas, a IP realizou uma sessão de divulgação, na sua sede, do Plano de Resiliência das Infraestruturas às Alterações Climáticas (PRIAC).
No dia 24 de outubro, Dia Internacional contra as Alterações Climáticas, a IP realizou na sua sede, em Almada, uma sessão de divulgação, designada "Infraestrutura Resiliente e Adaptação Climática”, que teve como objetivo principal a apresentação do Plano de Resiliência das Infraestruturas às Alterações Climáticas (PRIAC). Trata-se de um documento estratégico, concretizado por um grupo de trabalho criado no seio da empresa, que identifica as vulnerabilidades e os riscos para as várias zonas de Portugal e que pretende propor medidas de adaptação às alterações climáticas para as Redes Ferroviária e Rodoviária e para os ativos da Telemática que suportam a exploração.
O PRIAC está a ser realizado em duas fases:
- A Fase I, concluída em 2023, foca-se na identificação e avaliação das vulnerabilidades e riscos:
- A Fase II, sequencial à primeira, e em curso, acrescentará valor com a proposta de medidas de adaptação para melhorar a resiliência das infraestruturas, numa perspetiva de gestão adaptativa.
O PRIAC sensibiliza para a importância da inclusão na atividade da IP dos riscos e das medidas de adaptação, constituindo-se como uma boa prática e como um requisito para a obtenção de financiamento de grande parte dos investimentos nas infraestruturas de transporte. Efetivamente, sendo as alterações climáticas e os fenómenos meteorológicos extremos evidentes já no momento presente, eles causam danos em todos os setores económicos, nomeadamente nas infraestruturas sob gestão da IP e nos serviços oferecidos, gerando prejuízos significativos em termos financeiros e económicos, pelo que devem ser tidos em consideração.
Na sessão de hoje foram também efetuadas duas apresentações que espelham a experiência da IP ao nível da manutenção ferroviária e rodoviária, demonstrando de que forma as alterações climáticas estão a afetar os seus ativos e a prestação dos serviços, e como a empresa se está a adaptar aos cada vez mais frequentes eventos meteorológicos extremos, tornando as suas infraestruturas mais resilientes e com isso diminuindo as disrupções nos serviços prestados, contribuindo para uma economia nacional mais forte.
Nesta sessão também foram partilhadas experiências de outras entidades, nomeadamente:
- Instituto Superior Técnico: o Professor Manuel Pinheiro apresentou a visão científica do tema, realçando a sua importância crescente a partir de 2010, com um crescimento exponencial dos artigos académicos e a necessidade de uma abordagem integrada na questão das alterações climáticas;
- Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores (APPC): o Eng.º Jorge Nandim de Carvalho, presidente da direção, referiu vários exemplos de projetos que foram alterados para incluir medidas de adaptação às condições climáticas, sendo alguns da área rodoferroviária e outros de infraestruturas urbanas;
- JASPERS (Joint Assistance to Support Projects in European Regions, unidade orgânica do Banco Europeu de Investimentos - BEI): a Eng.ª Elisabet Vila Jordà, que abordou exemplos de projetos europeus na área dos transportes, tais como, Polónia e Espanha, bem como a metodologia utilizada na avaliação dos riscos climáticos, medidas de adaptação principais, formas de financiamento, realçando a necessidade de boa informação de base para construir bons planos de resiliência das infraestruturas às alterações climáticas;
- Câmara Municipal de Cascais: o Dr. João Dinis, geógrafo e coordenador da área do ambiente, apresentou a experiência evolutiva do município, sendo um caso de referência no que respeita à implementação de medidas de mitigação e adaptação às alterações climáticas, promovendo, designadamente, o uso de transportes públicos, uma boa gestão da água e medidas de adaptação à base de soluções naturais/verdes.
Esta sessão de divulgação e partilha sobre “Infraestrutura Resiliente e Adaptação Climática”, permite-nos concluir que:
- O caminho seguido pela IP está alinhado com o que se está a realizar noutros países, nomeadamente na Europa, sendo o PRIAC um documento estratégico relevante.
- A partilha de informação entre entidades públicas e privadas é muito importante, designadamente entidades com funções na área da proteção civil, da segurança e do ordenamento do território.
- As fontes de financiamento estão cada vez mais interligadas com as alterações climáticas, designadamente com a vertente da adaptação, pelo que todos os trabalhos desenvolvidos nesta área são muito relevantes e essenciais na captação de recursos.
O encerramento da sessão coube a Miguel Cruz, presidente do Conselho de Administração da IP.