Rotas dos Azulejos - Linha do Norte
17 Na tradição de revestimento parietal, na sua integração na arquitetura, a azulejaria encontra nos edifícios das estações de caminho de ferro um suporte de eleição para a expressão das suas potencialidades pictóricas. É nas faces vidradas e através do desenho, da cor, do claro-escuro dado pela pincelada rápida, por vezes do relevo e, sobretudo, através do brilho, do seu reluzir, que se acentua e estrutura a modelação das superfícies. No caso dos painéis figurativos, e numa primeira fase, a temática preferencial são as paisagens e sítios, usos e costumes, tradições e fainas agrícolas ou piscatórias, constituindo como que “bilhetes-postais” de cada localidade. As diferentes fontes de inspiração provêm muitas vezes de gravuras ou fotografias, revelando a intuição e competência dos pintores de azulejos na adaptação dessas imagens à escala monumental da arquitetura. As técnicas industriais e artesanais mais frequentes são a pintura à mão, diretamente sobre o vidrado, a estampilhagem (uso de máscaras recortadas para passagem dos pigmentos coloridos para o vidrado), a estampagem (impressão por prensagem mecânica de uma estampa sobre a peça TIPOLOGIAS E ICONOGRAFIA
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