Rotas dos Azulejos - Linha do Minho
11 dos espanhóis que chegavam ao Minho. Esta importante infraestrutura, projetada pelo arquiteto espanhol Pelaio Mancebo e financiada pelos dois países ibéricos, permitiu a ligação a Espanha a partir de 25 de março de 1886. A partir de 1927, a rede ferroviária do Estado onde se inclui a Linha do Minho foi arrendada à CP - Companhia dos Caminhos-de-ferro Portugueses, SARL. Em 1947, decorrente das bases da Lei 2008, a Lei da Coordenação dos Transportes Terrestres, executou-se a Concessão Única e inicia-se um novo ciclo com investimentos na modernização, introdução da tração diesel e planificação da eletrificação da rede em corrente alterna. É, no entanto, no século XXI que se assiste à inauguração da duplicação e eletrificação da via, supressão de muitas passagens de nível, bem como à construção, renovação e relocalização de estações e apeadeiros. Projetado e construído atravessando vales, campos de milho, produções de vinho e uma malha de povoações densas, foi neste território com tradições vincadas que engenheiros portugueses traçaram um caminho de ferro protagonizando uma história de progresso e civilização. Apesar do projeto se encontrar definido desde 1868, a linha só é inaugurada em 1875 devido às dificuldades financeiras do Tesouro nos finais dos anos 60 do século XIX. Nos anos 70 do século XIX, assiste-se a um profundo debate sobre a definição da rede ferroviária nacional, na Associação dos Engenheiros Civis Portugueses, onde a Linha do Minho se apresentava como parte da grande transversal que se pretendia que atravessasse o país de sul a norte, isto é, de Faro a Valença. Em Valença, desde 1882, o caminho de ferro irá sofrer um compasso de espera até à sua ligação internacional, isto é, até Espanha, através da construção de uma ponte sobre o rio Minho. A primeira iniciativa coube a Espanha que contacta as entidades nacionais no sentido de construir uma ligação que facilitasse a comunicação entre Tui e Valença e as deslocações
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