Rotas dos Azulejos - Leopoldo Battistini

Estação de Leiria Limpeza da superfície: remoção de pingos de tinta 125 2018 Linha do Oeste Conservação e Restauro dos painéis azule- jares das Estações Ferroviárias de Caldas da Rainha, Valado, Outeiro, Bombarral, Mafra, Leiria e Óbidos. Conservação e Restauro No texto da Candidatura da Cinábrio aos Prémios SOS Azulejo 2019, lê-se: Estações Estação de Leiria - Em 1935 foram execu- tados, na Oficina Battistini, os 11 painéis da Estação de Leiria, com desenhos de Ernesto Korrodi e Luís Fernandes. Os temas são locais e regionais, e representam: a igreja de Nossa Senhora da Encarnação, a Capela e o Campanário (Castelo de Leiria), o Castelo de Leiria (frente), o Santuário do Senhor Jesus dos Milagres, Fátima, Maceira, Costume, Batalha, e o Castelo e Vila de Porto de Mós. Um dos painéis, com o tema “Roteiro”, reproduz um postal com um mapa da região, indicando os principais pontos de interesse, a distância entre eles, assim como pequenas imagens dos principais motivos de visita. O relógio da estação, no centro da fachada do cais de embarque, encontra-se emoldurado por um painel com o brasão de Leiria. Conclusões A intervenção de conservação e restauro dos painéis azulejares de sete das estações dos caminhos-de-ferro da Linha do Oeste teve em conta a especificidade de cada obra, tanto a nível artístico, histórico, mate- rial e estético, como do seu estado de con- servação e localização. O cumprimento dos princípios éticos e deontológicos que regem a profissão de Conservador Restaurador, definiram todo o processo. A intervenção teve como principal objetivo a salvaguarda da obra de arte e a garantia de continuidade da sua identidade. Os tratamentos efetuados orientaram-se por princípios de intervenção mínima, compatibilidade e reversibilidade. Limitou-se a intervenção ao indispensável, utilizando um número restrito de produtos, materiais e técnicas, selecionados pela sua estabilidade, reversibilidade e inalterabilidade temporal, assim como pela sua compatibilidade com os materiais originais. Foi respeitada a au- tenticidade dos materiais originais, evitando a utilização de materiais e técnicas que os modifiquem definitivamente, quer quanto à composição, quer quanto ao aspeto estético. Os materiais e técnicas a utilizar tiveram em linha de conta a não limitação ou impedi- mento de futuras intervenções. A possibilidade de se efetuar uma primeira abordagem material e tecnológica a estas obras, constituiu um desafio. A falta de estudos relacionados com azule- jos do início do século XX coloca bastantes dificuldades no que concerne não só ao es- tudo comparativo, como à definição de uma metodologia de investigação. Os primeiros passos estão dados, e o estudo continua em curso, numa tentativa de trazer novas informações, não só sobre os materiais utilizados na produção dos azulejos, como na procura de elementos caracterizadores e tipificadores das diferentes fábricas envolvi- das na produção. Foram recolhidas amostras de vidrado em alguns dos painéis. As amostras foram reti- radas em zonas de lacuna, com o objectivo de tentar abranger a paleta utilizada nos diferentes painéis de cada estação. Não foi possível recolher amostras de todas as co- res, pois estas só foram retiradas de zonas de lacuna. A observação das amostras foi efectuada microscopia óptica. Esta observação teve como objectivo analisar o vidrado (superfície

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