Rotas dos Azulejos - Leopoldo Battistini

Geral 123 Ações de Conservação e Restauro No que respeita à preservação dos azulejos têm sido desenvolvidas ações de conservação e restauro adotando metodologias e técnicas definidas para trabalhos desta natureza, desde o registo da situação existente, remoção de argamassas, dessalinização, consolidações, estabilizações, colagens e reintegrações cromáticas. Nos painéis mais danificados, por força da forte presença de humidade no suporte, opta-se, por vezes, por fazer o seu assentamento num suporte móvel, evitando o contacto com a parede e, consequentemente, a migração de sais para os azulejos ou até por recorrer à manufatura de réplicas. Princípios de intervenção mínima Teoricamente, quando se procede ao restauro de uma peça ou conjunto, nenhuma parte original deve ser removida. Caso não seja de todo possível evitar a remoção, deve-se reduzir ao mínimo indispensável a remoção de partes originais. Da mesma forma, só devem ser adicionados materiais ou elementos não originais na medida do estritamente necessário. Sempre que possível deve ser mantida a decoração original (inci- sões, pinturas, revestimentos metálicos ou outros, embutidos, etc.). Em geral, todos os materiais e partes não originais devem poder ser removidos sem que esta ação afete a integridade da peça original. Sempre que possível deve-se ter em mente a reversibilidade dos materiais e intervenções. As intervenções de conservação e restauro devem ser totalmente documentadas (estado de conservação, ações desenvolvidas, esta- do após intervenção, intervenientes, fichas de produto, etc.).

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