Rotas do Azulejos - ROTA AUTORIA JORGE COLAÇO

REDE RODOVIÁRIA CASAS DE CANTONEIROS Com encomenda da JAE (Junta Autónoma de Estradas) e azulejos da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia/Oficinas “Jorge Colaço”, de 1936, a Câmara Municipal de Lagos aprovou, em outubro de 2018, a cedência da antiga casa dupla, para dois cantoneiros, em Espinhaço de Cão, EN120 ao km157,028, à Terras do Infante – Associação de Municípios para criação de um ponto estratégico para facilitar as operações de prevenção e combate aos incêndios florestais. Exemplo de um projeto de salvaguarda e divulgação deste património arquitetónico, sob gestão da IP. Com a conclusão da rede de estradas houve a necessidade de garantir a sua conservação e manutenção, sobretudo da qualidade do piso alcatroado, da sinalização rodoviária e da limpeza das bermas dos vários troços, ou cantões. De modo a promover a proximidade entre o pessoal (cantoneiros) e o troço à sua responsabilidade foram construídas casas de habitação, as denominadas casas de cantoneiros, implantadas de norte a sul do país, devendo-se a maioria à iniciativa do Estado Novo. Para um ou dois operários, cada casa tinha uma planta retangular que incluía um quarto, sala e cozinha, projetada com elementos da arquitetura tradicional, sendo utilizados materiais de cada região. Encontramos no Algarve o conjunto de casas com características mais homogéneas, a saber: de planta retangular, alçado frontal com cimalha, chaminés rendilhadas, telhados rematados por beirais e peças reviradas nos topos, as “pombinhas”, beirais sobre todas as portas e janelas e, na zona central, um frontão, elemento ornamental e suporte para colocação de um painel de azulejos com inscrição do ano de construção, das iniciais JAE (Junta Autónoma de Estradas) e de uma placa “Património do Estado” e o mastro da bandeira nacional.

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